O dia que Barcelona quase parou

Um dia que já entrou na história de Espanha, 29 de setembro foi o dia da Greve Geral, algo pouco comum em terras européias (sem considerar França), e Barcelona viveu um dia que deveria ser para manifestar de uma maneira bem particular.


Tudo começou com a invasão pelos Okupas do edifício do Banesto da Praça Catalunha. Supostamente ficariam ali até o dia 29 quando se uniriam a manifestação contra as propostas do Governo Central para a reforma na legislação dos contratos de trabalho. O que aconteceu é que alguns não sairam e ainda queimaram um carro de polícia, no final, já podem imaginar a confusão...tinha mais carros de polícia na rua que pessoas interessadas em ver a manifestação que já era um guerra na rua. Toda essa confusão feita por esse movimento alternativo só serviu para prejudicar o que realmente era importante esse dia, o direito do povo em manifestar-se.


O Movimento Okupa existe em toda Europa e em Barcelona estão super bem organizados. É um movimento que reinvidica a anarquia como meio de vida. São jovens, muitos vindos da classe média, com estudos e que não pagam aluguem (sabem de todas as casas vazias na cidade), não compram comida (buscam sempre a "xepa", o fim da feira) e vivem com o que ganham na rua (artistas de rua).



Quando cheguei em Barcelona pareceu o máximo, viver assim, fora do sistema, mas a sinceridade é que meu ponto de vista mudou já que o que existe aqui em toda Catalunha e Espanha é a possibilidade de ir a viver em pequenas aldeias, muitas que começavam a deixar de existir e que agora pagam para que as pessoas podam ir a viver com a família, fora a possibilidade de viver no campo, muitos foram os Okupas, alternativos e naturistas que escolheram esses caminhos, e para esses eu tiro meu chapéu, mas destruir propriedade pública para depois todos nós que pagamos impostos termos que pagar também essa conta, ai já é um pouco de mais....Um caso parecido que podemos comparar com o Brasil, aonde são as pessoas da classe média que pagam a conta de luz e água das favelas. Coisas injustas da vida ou é o preço que temos que pagar para viver nas cidades?

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